…… .EDITORIAL. …….

Rev. Ang. de Ciênc. da Saúde. 2021 Jan – Jun; 2 (1): 3-12

Issn (Online): 2789 - 2832 / Issn (Print): 2789 - 2824

Equipa Multidisciplinar de Profissionais de Saúde, Docentes e Investigadores Nacionais

A pandemia da covid-19: dos factos à evidência científica

The covid-19 pandemic: from facts to scientific evidence

Mário Fresta1, Victor Nhime Nungulo2*

 

Palavras – Chave: Pandemia; Covid – 19; Comunicação

Keywords: Pandemics; Covid – 19; Communication

 

1- Centro de estudos Avançados em Educação e Formação Médica (CEDUMED) – Universidade Agostinho Neto (Angola). Orcid: 0000-0002-3430-4569

2- Departamento de investigação e publicação. Faculdade de Medicina do Huambo – Universidade José Eduardo dos santos. Orcid: 0000-0001-7277-4046

*-  Autor correspondente. Email: nungulovictory@gmail.com

Doi: https://doi.org/10.54283/RACSaude.2789-2832.v2n1_2021.p1-2   

           

       A pandemia da Covid-19 causou transformações profundas na sociedade em geral e no modo de vida das famílias e dos indivíduos em particular.  A Covid-19 é uma doença causada pelo Coronavírus, tem um carácter agressivo e é de rápida propagãção1. Apesar dos esforços das nações, são notórias as repercussões psicossociais e políticas da doença. Por esta razão, acentuaram-se informações e ao mesmo tempo crenças sobre os valores e o mérito da produção científica, e por outro lado, o sentimento de desconfiança sobre o papel da ciência em geral2.  Desta feita, a Covid -19, tem sido afectada por dados limitados e suposições científicas emergentes sobre a transmissão em saúde pública3.

       Com a velocidade da sua mortalidade, as nações foram obrigadas a tomar medidas de confinamento social, produção de insumos, medicamentos, materiais gastáveis em larga escala e a produzir vacinas, para mitigar o seu efeito catastrófico. Esta realidade também trousse consigo desafios relacionados com a produção de notícias de forma célere, informações que vão desde os saberes e dizeres populares, as denominadas “fake news” e infodemia até às notícias oficiais dos órgãos e meios de comunicação.

       Em momentos de crise, a comunicação em saúde, pode servir como objecto para desinformar e diminuir a confiança institucional e até mesmo profissional, por outro lado, pode ser utilizada como ferramenta valiosa para a tomada de decisões4.

       A situação ora mencionada, colocou os Editores e/ou Gestores dos principais meios de divulgação científica à necessidade de filtrar os conhecimentos científicos gerados em torno desta pandemia, baseando a sua acção na evidência científica. Por esta razão, na busca de novas formas de interacção social e na criação de factos sociais e partilha solidária de conhecimentos, têm muito a contribuir e reflectir sobre as suas práticas actuais, de forma a que coloquem à disposição da sociedade seu potencial de conhecimento e informações.

      Os investigadores devem sempre levar a acabo as suas pesquisas partindo do pressuposto de que quando tu descartas o impossível, o que restar, não importa o quão improvável, pode ser que seja a verdade5.

      Desta feita, é com muita honra e estima, apesar das enormes dificuldades, que trazemos aos nossos leitores, docentes, investigadores, pessoal ligado a área de saúde e demais interessados, a 1ª (primeira) edição do Volume 2 da Revista Angolana de Ciências da Saúde, abordando assuntos de interesse para o contexto em que se vive.

      O primeiro artigo de autoria de Merit et al., avalia os factores associados à insatisfação em médicos que trabalham nas unidades hospitalares de nível terciário em Luanda (Angola).

      O Segundo tem como objectivo validar a influência de duas variáveis sobre a disseminação dos casos de Covid 19 em Moçambique.

      O terceiro é uma imagem médica de um caso bastante raro a Ectopia cordis, diagnosticado no Hospital Geral do Huambo.

      Um resumo de uma dissertação de mestrado intitulada “ Gene expression on Rat1 fibroblast cells after    transformation by EVI1 ” é apresentada como fecho desta edição.  Embora ainda precoce, neste primeiro ano de existência sentimo-nos regozijados pela receptividade da Revista pela comunidade científica e não só.

      Assim sendo, continuamos a trabalhar para o enriquecimento do acervo bibliográfico nacional e acima de tudo para o bem-estar das populações, por meio da publicação de investigações científicas do mais alto padrão de qualidade.

      Boa leitura, e um até já, pois, será um prazer tê-lo como leitor e/ou compartilharmos a alegria de ver seu artigo publicado na próxima edição.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.   De Andrade Moretti S, De Lourdes Guedes-Neta M, Batista EC. Nossas vidas em meio à Pandemia da covid-19: Incertezas e medos sociais. Revista Enfermagem e Saúde Colectiva-REVESC. 2020;5(1):32-41.

2.   Cruz RM, Borges-Andrade JE, De Andrade AL, Moscon DCB, Viseu J, Micheleto MRD, Kienen M, Esteves GGL, Delben PB, De Carvalho F. Produção e divulgação de conhecimentos científicos em tempos de pandemia da COVID-19. 2021;21(1):1-2.

3. Kreps SE, Kriner DL. Model uncertainty, political contestation, and public trust in science: evidence from the COVID-19 pandemic. Science advances. 2020; 6(43).

4. Van Dijck J, Alinejad D. Mídia social e confiança na experiência científica: Debatendo a pandemia Covid-19 na Holanda. Social Media + Society.  2020; 6 (4).

5.   Doyle AC. Frases de Sir Arthur Conan Doyle [internet]. 2020 [citado 20 de Junho de 2021. Disponível em: https://www.pensador.com/frases_de_arthur_conan_doyle/

 

 

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